Que Paulo Hartung (PSD) é o padrinho político de Erick Musso (Republicanos) não é novidade para ninguém. O ex-governador, que tem seu nome consolidado como referência nacional, esteve mais afastado da cena política capixaba nos últimos anos, ao menos publicamente. Mas esse cenário começou a mudar desde sua recente filiação ao PSD, comandado no Estado por Renzo Vasconcelos e com o aval do "cacique" Gilberto Kassab.
Nos bastidores, Hartung tem dado sinais claros de apoio ao projeto de Erick Musso, atual presidente do Republicanos no Espírito Santo. Musso, por sua vez, já demonstrou sua habilidade política ao emplacar três mandatos consecutivos como presidente da Assembleia Legislativa, mesmo sob forte oposição na época do governador Renato Casagrande (PSB).
Agora, com encontros e reuniões cada vez mais frequentes e devidamente publicadas nas redes, a dupla PH e Musso parece querer deixar claro ao mercado político que a parceria está firmada. A aproximação desenha um cenário cada vez mais concreto de aliança entre Republicanos e PSD para a disputa eleitoral de 2026.
Claro, outras siglas também estão na mesa de negociações. Mas se Lorenzo Pazolini (Republicanos) continuar crescendo nas pesquisas, não será difícil para Hartung e Musso atraírem novos aliados. O PL, por exemplo, já circula nos arredores e com boas conversas. E uma possível composição para o Senado pode ser a carta-curinga que faltava para selar esse bloco.
Nos bastidores... o dilema do PP
O Progressistas (PP), presidido no Estado pelo deputado federal Da Vitória, tem pela frente um desafio considerável. Nacionalmente, o partido liderado por Ciro Nogueira é alinhado à direita bolsonarista. No Espírito Santo, no entanto, mantém uma forte aliança com o governo Casagrande (PSB) e Da Vitória tem aparecido ao lado de Ricardo Ferraço (MDB) que é o nome do governo para a disputa do ano que vem.
Para complicar ainda mais esse jogo, o PP abriga figuras estratégicas nos dois campos. Um exemplo claro é a vice-prefeita de Vitória, Cris Samorini, que tem estreita ligação com o prefeito Lorenzo Pazolini e, consequentemente, com seu projeto rumo ao Palácio Anchieta em 2026. Se Pazolini avançar rumo ao Governo do Estado, o comando da capital capixaba deve ficar nas mãos de Cris, ou melhor, do PP. Em Colatina Da Vitória tem feito boas conversas com o prefeito Renzo Vasconcelos presidente do PSD, que ao que tudo indica vai caminhar com Pazolini. De um lado ganha a prefeitura da capital, do outro talvez uma vaga ao Senado. O PP ainda tem Evair de Melo, aliadíssimo de Bolsonaro e já fechado com Pazolini e Erick. Entendeu o tamanho do dilema?
Prefeito Micula: gestão com diálogo e presença em João Neiva
Com perfil articulado e experiência tanto no setor privado quanto no legislativo, o prefeito de João Neiva, Micula, vem mostrando que liderança e proximidade são peças-chave para uma boa administração. No segundo mandato à frente do Executivo municipal, ele mantém um estilo direto e participativo: ouve a população nas ruas e conduz reuniões com sua equipe de forma objetiva.
"Se tem uma demanda, é para resolver", costuma dizer o prefeito nas reuniões com os secretários. O modelo tem dado certo. Micula foi reeleito com uma margem expressiva em 2024, o que reforça o respaldo popular ao seu trabalho.
Outro ponto de destaque é sua boa articulação com deputados estaduais e federais, o que tem garantido a captação de recursos importantes para obras e projetos em João Neiva. Gestão com diálogo, obras em andamento e presença nas ruas: a fórmula de Micula tem conquistado resultados.