Atualmente, muita gente se assusta quando passa por algum lugar e ouve uma música explicitamente carregada de conteúdos “adultos/proibidos”.
Dependendo da letra dessa música, é de se assustar mesmo, principalmente pessoas mais idosas e/ou reservadas. Alguns sujeitos, chegam até a afirmar que há 15, 20 anos não se ouvia esse tipo de coisa, sob o contexto de que não existiam músicas obscenas.
Concordo, se a pessoa disser que as canções mais antigas tinham mais letras e musicalidade, sendo mais audíveis, porém, certas músicas já carregavam pornofonias embutidas, ocultas ou até mesmo explícitas.
Pornofonia é um termo que se refere ao uso de conteúdo sexual, pornográfico em contextos auditivos, como em músicas, por exemplo, que geralmente envolve entretenimento. Isso a gente já via e ouvia nos anos 90 e 2000. Quer exemplos? Trechos de músicas como, “Pau que nasce torto / Melô do tchan” (grupo É o Tchan), “Mundo animal”, “Vira vira” e “Robocop gay” (Mamonas Assassinas) etc. Podem ser músicas que divertiam bem o público ouvinte, mas que continham pornofonia, isso não podemos negar.
Talvez o que esteja diferindo as músicas das décadas passadas para as atuais, seja o aumento e tom (do conteúdo proibido), a nitidez (hoje mais explícito) e a criticidade do público, dado que, o tempo passou e as pessoas de mais idade aprenderam a usar o lado crítico, tanto que, para essa geração chegante que não conhece o que ouvíamos nas décadas passadas, tudo está dentro da normalidade, já que o modelo de criticidade deles é outro, diferente de quem nasceu antes dos anos 90.
Ademais, sexualmente falando, o que ouvimos de estranho nas músicas de hoje, pode ter certeza que teve introdução já nas décadas em que achávamos que todas as canções eram repletas de pureza, mas que na verdade, de pureza não tinha era nada.