O clima está começando a esquentar para a disputa eleitoral de 2026. Mais uma vez, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), mandou um recado direto ao Palácio Anchieta. O desconforto com o comportamento de alguns secretários do governo está levando parlamentares a perderem a paciência.
Na última terça-feira, Marcelo foi incisivo em sua fala e apontou diretamente para o diretor do DER, Freitas (PSB).
— Quero deixar registrado, inclusive para o diretor do DER, o Freitas, que ele respeite um bocado mais o papel do deputado. Não foi nada gentil visitar trechos importantes, convidar lideranças e simplesmente esquecer o papel dos deputados, disparou.
O presidente da Ales reforçou que a crítica vale para todos os secretários, sem distinção de gênero ou pasta. Por ora, o governo finge que nada acontece. A Casa Civil afirma que esse tipo de atitude não é orientada pelo governador Renato Casagrande (PSB). Mas o clima esquisito no ar pode comprometer alianças e parcerias importantes no projeto do Governo.
Enquanto isso, quem segue firme no corpo a corpo é o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Com ventos favoráveis das pesquisas recentes para corrida ao Palácio Anchieta, ele intensificou sua agenda pelo interior ao lado do presidente estadual do partido, Erick Musso.
Nesta semana, a comitiva que contou com Evair de Melo (PP), passou por cidades do Norte como Jaguaré e Linhares. Ontem, foi a vez da cidade da Serra, onde Pazolini visitou a feira-livre, distribuiu sorrisos, apertos de mão e ouviu demandas da população. É exatamente esse movimento de rua que Musso vislumbrava quando deixou a Secretaria de Governo da capital: foco total em 2026.
O secretário de Obras de João Neiva, Allan Dantas, vai comemorar seu aniversário nesta quinta-feira (10), ao fim do expediente. A confraternização deve reunir amigos, colegas da prefeitura e aliados políticos em um encontro informal. A expectativa é de boa movimentação nos bastidores — afinal, aniversários também viram palanque.
Quem anda pelo Centro de Aracruz já deve ter notado: a situação de pessoas em vulnerabilidade social nas ruas se agravou. É cada vez mais comum ver aglomerações em calçadas, com relatos de consumo de álcool e entorpecentes a céu aberto.
Comerciantes reclamam da queda no movimento, já que alguns moradores em situação de rua chegam a se deitar nas portas das lojas, dificultando o acesso dos clientes. A prefeitura, até o momento, faz vista grossa. Procurada, a administração municipal não se manifestou. Enquanto isso, sobra mesmo é paciência para o cidadão aracruzense