Você já deve ter ouvido alguém dizer que “brasileiro se diverte com tudo ou qualquer coisa”, certo? E é verdade, pois, temos essa característica de nos divertir e com tudo que é colocado para nós.
Culturalmente dizendo, fazemos piadas de tudo, até de coisas sérias e relevantes, algo que popularmente é bem quisto. Até então, nada tão anormal, porém, quando passamos a dar mais importância à “zoação” do que o fator realidade imposta em cima do que se tornou a piada, o même, nos tornamos idiotilizados, visto que, o problema poderá estar nos prejudicando, e nós, por um ângulo humorístico, apenas rindo dele.
Um exemplo político é o Tiririca, que era o palhaço que começou a “cantar palhaçadas”, e com isso, caiu na graça do povo. Ficou famoso, conhecido e hoje é Deputado Federal pela quarta vez consecutiva. Então eu pergunto: em que Tiririca nos representa na Câmara Federal?
Com a mesma visão, vejo o mendigo Givaldo, famoso por uma cena de sexo ilícito ao ar livre, somada ao desenrolar da história. Virou memê e “astro” nacional na época. E o “cantor” Manoel Gomes, que tem sua fama baseada no seu jeito “engraçado” e desengonçado, já que musicalmente falando, não canta nada? Dessa forma, arrasta multidão de fãs, a ponto de cantores que estão em baixa, se aproveitarem de tal fato, convidando-o para parcerias em seus respectivos palcos, com o intuito de chamar público.
Lembro de algumas cenas do filme (baseado em fatos reais) Os dois filhos de Francisco, em que, Zezé de Camargo e Luciano, bem antes da fama, mesmos sendo excelentes no que faziam com a música, “ralavam” muito para chegarem ao posto em que chegaram. Atualmente, se alguém quiser status, dinheiro e fama, é só fazer/lançar qualquer coisa que tenha meia dúzia de besteiras que já é considerado excelente. Ah, e se tentar a sorte, também poderá chegar aonde o deputado Tiririca chegou, porque o brasileiro se diverte e também apoia.