A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, o Projeto de Lei 49/2025, de autoria do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que proíbe o uso da chamada linguagem neutra na administração pública municipal. A medida alcança todos os órgãos e entidades da Prefeitura, incluindo campanhas, documentos oficiais, materiais escolares e redes sociais institucionais.
O texto determina que a comunicação institucional deve respeitar as regras do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) e do Acordo Ortográfico vigente. Termos como todes, elu ou menine, por exemplo, ficam vetados em qualquer comunicação oficial do Município.
– Estão tentando transformar nossas escolas em laboratórios ideológicos, obrigando professores e alunos a adotarem uma tal linguagem neutra, cheia de termos como elu, delu, amigue. Essa é a nova prioridade daqueles que colocam a militância acima da educação, enquanto nossas crianças mal conseguem dominar o básico da gramática e da matemática – afirmou Rubinho.
O projeto também impõe sanções. Servidores públicos que descumprirem a norma podem ser submetidos a processo disciplinar, e escolas privadas conveniadas à Prefeitura poderão ter seus alvarás suspensos em caso de reincidência.
– O uso da norma culta da língua é o que garante clareza, igualdade e segurança jurídica para todos. Linguagem não é campo de militância ideológica — é instrumento de entendimento público. Defender a língua portuguesa é proteger nossa identidade e o direito à boa educação – concluiu o vereador.