Há 40 anos, no dia 25 de junho de 1985, o Diário Oficial da União (DOU) publicava o manifesto, o programa e os estatutos de um partido político fundado no Rio de Janeiro (RJ), o Partido Liberal (PL). A data foi relembrada pela sigla nesta quarta-feira (25), em um momento em que a sigla se consolida, representativamente, como a mais forte da direita no Brasil, tendo o ex-presidente Jair Bolsonaro em suas fileiras.
Em uma publicação feita pela passagem de seu 40° aniversário, o PL afirmou que “são quatro décadas de muito, muito trabalho” e que “representar um povo tão forte, sonhador e convicto requer sabedoria e alto senso de responsabilidade, o que nos fez construir cada capítulo dessa história à base de patriotismo, democracia e lealdade”.
Na postagem, o PL compartilhou um vídeo no qual figuras políticas da sigla aparecem defendendo as principais bandeiras da sigla, como a luta contra o aborto e contra as invasões de terra. O partido também homenageou seu atual presidente, Valdemar Costa Neto, e ressaltou que, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de sua base parlamentar, a legenda cresceu.
– E por isso a gente diz: fazer o Brasil dar certo é o que nos faz querer ir além. Contem com o PL para os próximos 40 anos também! – completou a agremiação na postagem.
NO ESPÍRITO SANTO
O partido é presidido pelo Senador Magno Malta, tem um deputado federal Gilvan da Federal (afastado), e tem quatro deputados estaduais Capitão Assumção, Danilo Bahiense, Luca Polesi e Callegari.
HISTÓRIA DO PL
Tendo como fundador e primeiro presidente o advogado e deputado federal Alvaro Valle, que morreu em 2000 em decorrência de um câncer no intestino, o PL reforça que a sigla já previa, em seu manifesto inicial, “a situação caótica a que se chegaria em alguns setores vitais da vida brasileira. Um deles, o da assistência à Criança, sobretudo quanto à alimentação e assistência à gestante e ao pré-escolar”.
– Outro [setor que enfrentaria uma situação caótica] era o da Previdência Social, para o qual defendíamos uma reforma “radical” de estrutura. O PL já condenava, à época, o tratamento iníquo que se dispensava a aposentados e pensionistas, defendendo reajustes que anulassem os efeitos da inflação – diz um texto no site do partido sobre sua história.
Ao longo de sua história, a sigla sofreu algumas transformações. Em 2003, houve a incorporação do Partido Geral dos Trabalhadores (PGT) e do Partido Social Trabalhista (PST) ao PL, o que garantiu uma maior força política ao partido na época. Já em 2006, houve a união ao Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), que resultou na criação do Partido da República (PR).
Entretanto, em 2019, a sigla deliberou em Convenção Nacional pela mudança de sua nomenclatura, tendo sido homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a modificação da denominação do Partido da República (PR) para a volta do uso do nome Partido Liberal (PL).
Em novembro de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro se filiou ao partido, marcando um novo momento para o PL, que viu, após as eleições federais de 2022, sua bancada se consolidar como a maior tanto na Câmara quanto no Senado, especialmente por conta da filiação de aliados do líder conservador aos quadros do partido.