Conforme as prioridades

Acompanhando as notícias jornalísticas diariamente através dos recursos midiáticos em geral e até vivenciado o dia a dia, vemos que a inflação não tem dado sossego aos brasileiros, no que diz respeito à compra de produtos que conhecemos como essenciais para nossa sobrevivência e demais mercadorias em geral.

Assistindo à determinada postagem em uma rede social, fui provocado a fazer uma pequena pesquisa, no que tange aos preços médios de alguns produtos vendidos nos comércios das nossas redondezas.

Dentre esses produtos, sem citar marcas, estão, o feijão, o arroz, o cigarro e a cerveja. O feijão (kg), mais barato que encontrei, equivale a R$ 6,49, enquanto, o arroz (5 kg), R$ 16,90. Já um maço de cigarros, R$ 8,00, e a cerveja (350 ml), R$ 35,90 o Pack.

Tudo muito caro, claro, e na hora de colocar o feijão, arroz, açúcar, café e outros itens essências no carrinho, ouvimos muitas reclamações referentes aos preços, e com razão em todos os centavos, porém, não de forma generalizada, quando esse mesmo sujeito parte para as prateleiras de bebidas e pega sua cerveja, ou em um bar, pede seu cigarro, independente do preço, a maioria paga satisfeita, sem importar-se com o valor cobrado. Lembrando que, um pacote de feijão e de arroz, consumimos em vários dias ou semanas, enquanto, o cigarro e a cerveja, consumimos em um, ou no máximo dois dias.

Com isso, vejo que o maior problema de certos brasileiros gira em torno, nem tanto dos preços dos produtos, mas sim, de suas prioridades, que parecem estarem ligadas à seu hobby, e não ao que de fato deve ser priorizado, como por exemplo, o prazer de cumprirem a obrigação de colocar em suas mesas o pão de cada dia.

Lógico que isso não reprime nosso direito e razão de reclamar dos exorbitantes reajustes que, praticamente, todos os dias acrescentam nos preços dos produtos que compramos, mas vamos combinar: reclame do preço do feijão e arroz, mas também reclame do preço do cigarro e da cerveja, ou então, não reclame de nada.