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Cultura Conversa

Maioridade penal x idade eleitoral. As contas não batem

Com Rondilei Paixão

02/03/2022 09h35
Por: Redação O Diário Fonte: da redação
Maioridade penal x idade eleitoral. As contas não batem

 

Como sabemos, a lei de maioridade penal estabelece 18 anos como a idade mínima para que um sujeito responda criminalmente - como adulto, por eventuais atos errôneos que o mesmo pratique.

Em 1988, quando essa lei fora reelaborada, a realidade do mundo era outra, muito diferente da que temos hoje. Atualmente, um menor com 16, 17 anos de idade, mata, rouba, sequestra, estupra, “pinta e borda”, ciente de sua prática e também da tranquilidade que encontrará na lei. Isso é nítido.

Reformam-se leis de impacto social por entenderem que ela é ultrapassada (como por exemplo, a trabalhista – reformada recentemente), e uma lei que já nos atendeu em outra realidade de mundo e que hoje não nos atende mais, continua válida nos mesmos moldes de 88, como se estivéssemos entrando nos anos 90.

Concluindo, o Art. 228 da Constituição Federal de 88, diz que “São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos [...]”. Ou seja, um sujeito de 16, 17 anos de idade, não pode pagar por um crime cometido, como um adulto. Isso, por sua incapacidade de entender o caráter do que é lícito ou ilícito. Dessa forma, como um menor a partir de 16 anos de idade já pode votar, escolhendo inclusive peças de extrema importância para a sociedade, como prefeito, governo do estado e até presidente da república?

Estranho, né? É incapaz de pensar legalmente antes de cometer um crime, mas tem cabeça pensante para votar, escolhendo políticos para assumirem poderes legislativos e executivos. Dessa forma, as contas não batem.

3 comentários
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Jacqueline Há 2 anos Guarabira Parabéns Rondilei pela matéria com certeza infelizmente esse é o mundo que cada dia tá pior
Solange CostaHá 2 anos Minas GeraisSão questionamentos que não podemos deixar sem uma reflexão. De como a nossa sociedade está caminhando e como falta posicionamento da mesma.
Anselmo Há 2 anos Serra-ES Os personagens da lei no Brasil por si só já são um desastre. O que nos chamamos de superior tribunal federal hoje, não precisa ter os quesitos necessários para assumir essa cadeira de extrema importância. Os advogados utilizam recursos de todos os meios para ganhar uma causa. Consequentemente as leis nesse país estarão num balde de inconsequencias onde o infrator tem mais recursos que as leis. O Brasil não tem leis, advogamos por conveniências.
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