1º de Maio - trabalho e desigualdades

O dia 1º de Maio é comemorado em mais de 150 países do mundo como o Dia do Trabalho. E nós brasileiros, realmente temos o que comemorar?

Vamos lá... Primeiramente, morando em um país, que, segundo o IBGE, agrega cerca de 7,5 milhões de desempregados, temos que minimamente sermos gratos e comemorar pelo menos o fato de não fazermos parte desse número exorbitante de pessoas sem emprego formal no país, caso de fato estejamos empregados.

Claro que, de 1º de maio de 1886 (data que iniciou a luta por direitos trabalhistas) até os dias de hoje, muitas coisas foram conquistadas para milhares de trabalhadores brasileiros, porém, se olharmos a nossa volta, veremos tamanha discrepância, no que tange “trabalho x trabalhador x vencimento”, sendo que, a maior de todas está na diferença de condições de trabalho, de por exemplo, um político e um trabalhador braçal e suas respectivas remunerações.

Enquanto um deputado estadual no Espírito Santo recebe cerca de R$ 35 mil, um trabalhador assalariado com o mínimo, recebe apenas R$ 1.518. E o que dizer de um professor que auxilia e forma TODAS as demais profissões para ter um piso salarial brasileiro, muito inferior se comparado aos vencimentos de muitas outras profissões que esse educador ajudou a formar, inclusive, bem menor que remunerações de vereadores?

Ademais, se não somos políticos, concluo avaliando que não temos muito o que comemorar, mas, aproveitemos o feriado para pelos menos descansar, orgulhando-nos de que somos verdadeiros guerreiros.

Viva todo o trabalhador, que de forma honesta representa sua classe.