Ibiraçu: Pressão popular derruba auxílio-alimentação de R$ 1 mil para vereadores

 A pressão da população, especialmente pelas redes sociais, fez com que os vereadores de Ibiraçu recuassem da proposta que criava um auxílio-alimentação no valor de R$ 1 mil mensais para os parlamentares. O projeto havia sido aprovado na Câmara Municipal na última terça-feira (20), mas não chegou a ser sancionado pelo prefeito Duda Zanotti (Podemos), que anunciou a retirada da proposta nesta segunda-feira (2).

A medida gerou forte repercussão negativa na cidade, levando vereadores e o Executivo a articularem uma saída para evitar novos desgastes. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito e o presidente da Câmara, Breno do Salão (Podemos), comunicaram a decisão conjunta de não validar o benefício.

Votação dividida e reação popular

A proposta foi aprovada por 5 votos a 3. Votaram a favor os vereadores José Luiz (PP), Juliano Lombardi (PSB), Marcos Antônio (PP), Patrícia de Lima (PDT) e Viviane Barbosa (PDT). Os votos contrários foram de Allan Fraga (PL), Marcelo Pimentel (Republicanos) e Vertinho Tonon (PRD). Apesar de apresentar o projeto para votação no plenário, o presidente da Casa, Breno do Salão, não votou, como prevê o regimento interno ele só vota em situações de empate.

Os parlamentares que apoiaram a medida fazem parte da base de oposição ao prefeito, e votaram em bloco a favor do projeto. A movimentação, porém, foi duramente criticada por moradores, que se manifestaram contra o uso de recursos públicos para custear benefícios aos próprios vereadores.

Desde a apresentação da proposta, Vertinho Tonon se colocou publicamente contra a iniciativa. Após a aprovação, ele declarou que, caso o benefício fosse mantido, doaria integralmente o valor em forma de cestas básicas para instituições de caridade do município.

Decisão conjunta evita sanção

Diante do crescente descontentamento popular, a Prefeitura e a Câmara optaram por não dar continuidade ao projeto. A decisão foi tornada pública por meio de um vídeo em que o prefeito e o presidente da Casa anunciaram que o projeto não seria sancionado.

“Tomamos uma decisão em conjunto de não sancionar a lei do ticket dos vereadores, essa é a boa notícia que a população espera”, afirmou o prefeito Duda Zanotti.

Com o recuo, o projeto será arquivado e os vereadores não receberão o auxílio-alimentação. A decisão foi bem recebida por moradores e deve encerrar a controvérsia em torno do tema.